1 de set. de 2011

O cientista Charles Robert Darwin



Há pessoas que ficam na história da humanidade por suas obras, por seus estudos. Foi o que aconteceu com Darwin. Ele entrou para história com sua teoria da Seleção Natural.
Vamos conhecer melhor sobre esse cientista e sua teoria?
Charles Robert Darwin (1809-1882) foi o cientista britânico que criou as bases da moderna Teoria da Evolução, ao apresentar o conceito de que todas as formas de vida se desenvolveram em um lento processo de seleção natural.
Seu trabalho teve uma influência decisiva sobre as diferentes disciplinas científicas e sobre o pensamento moderno em geral.
Depois de graduar-se em Cambridge, em 1831, o jovem Darwin embarcou, aos 22 anos, no navio de reconhecimento HMS Beagle, como naturalista sem remuneração, para empreender uma expedição científica ao redor do mundo.


Vida - O cientista Charles Robert Darwin
Nascimento:
Charles Robert Darwin foi o quinto dos seis filhos de Susannah e Robert Darwin. Nasceu em 12 de fevereiro de 1809 na cidade de Shrewsbury, Inglaterra.
Os primeiros passos nos estudos:
Sua educação começou em casa, e Darwin só foi para a escola ao completar oito anos, em 1817, ano em que sua mãe faleceu vítima de um tumor. Seu pai era médico.
Infância e adolescência:
Desde sua infância já gostava de colecionar selos, ovos de pássaros e minerais. Gostava de observar animais; divertia-se caçando-os para estudá-los.
Aos 16 anos seu pai mandou-o para a Faculdade de Edimburgo para cursar Medicina.
Continuando os estudos:
Em 1826 Darwin entrou para a Sociedade Científica Pliniana e, em 1827, abandonou o curso de Medicina e passou a estudar História Natural.
Mais tarde seu pai o enviou para a Universidade de Cambridge, onde seria educado por mais três anos como cavalheiro, colaria grau como Bacharel de Arte e passaria um ano estudando Teologia para se preparar para a ordenação.
A Universidade de Cambridge é, até hoje, um dos centros de ensino mais prestigiados do mundo.
Fundada no século XIII, é também uma das Universidades mais antigas da Europa.
Nela estudaram várias personalidades, além de Charles Darwin.

Encontro decisivo:
Na Universidade tornou-se amigo do botânico John Stevens Henslow, seu professor, que o aconselhou a aperfeiçoar seus conhecimentos em História Natural, o que deixou Darwin muito entusiasmado.
Tempos depois, recebeu uma carta de Henslow, oferecendo-lhe a oportunidade de participar de uma viagem de inspeção ao redor do mundo com duração prevista, a princípio, para dois anos.
Darwin aceitou o convite prontamente. Assim, começou a se preparar, separando todo o material de pesquisa que usaria durante a expedição.
A viagem: Em 1831, com 22 anos, zarpou com o Beagle (embarcação) com a missão primária de desenhar reentrâncias mal conhecidas do litoral da costa sul-americana.
Em 27 de dezembro de 1831, aos 22 anos, Charles Darwin uniu-se à tripulação do Beagle como naturalista. A expedição durou cinco anos e recolheu dados hidrográficos, geológicos e meteorológicos na América do Sul e em muitos outros lugares.
As observações de Darwin levaram-no a desenvolver a Teoria da Seleção Natural.


Enquanto a maioria da tripulação estava descobrindo a costa, Darwin ficava em terra coletando material das exóticas flora e fauna, até então pouco conhecidas pelos europeus.
Tal viagem não lhe deu apenas a possibilidade de numerosas observações naturalistas, antropológicas e etnológicas, mas o amadureceu, como ele mesmo admitiu, do ponto de vista metodológico, pois, enquanto se dedicava a um acurado trabalho teórico, principalmente sobre geologia, pôde confrontar as observações colhidas com as teorias comumente aceitas.
No dia 16 de janeiro de 1832, em St. Jago, nas ilhas de Cabo Verde, a 300 milhas da costa africana, Darwin ficou surpreso com a exuberância das árvores frutíferas e das palmeiras, e fez algumas observações e descobertas geológicas.
Você sabia que Darwin esteve no Brasil?
Em 8 de fevereiro daquele ano, o Beagle aportou em Salvador, Bahia, e Darwin colocou os pés no continente sul-americano pela primeira vez. Em suas andanças, ficou mais uma vez deslumbrado com a exuberância da vegetação.
Seguiu para o sul ao longo da costa brasileira, passando pelos Abrolhos e aportando no Rio de Janeiro em 5 de abril.
Enquanto o Beagle retornou à Bahia para conferir dados, Darwin permaneceu no Rio de Janeiro.
Outros mares:
Em 23 de julho ancoraram em Valparaíso, no Chile, onde Darwin fez uma rápida expedição aos Andes.
Em setembro de 1835, o Beagle chegou às Ilhas Galápagos. Lá, Darwin constatou a existência de espécies de árvores, tartarugas e aves diferentes em cada ilha.
Seguiram e passaram pelo Taiti, pela Nova Zelândia e pela Austrália. A viagem finalmente terminou com a chegada ao porto de Falmouth, no dia 2 de outubro de 1836, quase cinco anos depois.
A vida de Darwin depois da viagem:
Em 29 de janeiro de 1839, Darwin casou-se com sua prima Emma Wedgwood e foi morar em Londres. Tiveram 10 filhos.
Ele sempre prosseguiu seus estudos com plena liberdade, sem estar ligado ao ambiente da ciência oficial. Correspondeu-se com inúmeros cientistas, criadores, agricultores e com todos aqueles que tinham alguma ligação teórica ou prática com as Ciências Naturais, recolhendo uma enorme quantidade de dados para as suas pesquisas.
O falecimento:
Darwin sofria de uma enfermidade grave no estômago, o que o levou a ser internado algumas vezes para tratamento.
Faleceu em 19 de abril de 1882. O governo britânico o homenageou como herói nacional. Seu enterro ocorreu no dia 26 de abril na Abadia de Westminster.
A reação à obra de Darwin foi imediata. Alguns biólogos argumentaram que Darwin não comprovou suas hipóteses; outros criticaram o conceito de variação, que, segundo eles, não explicava a origem das variações nem como são transmitidas às gerações sucessivas. Mas os ataques mais contundentes não vieram dos cientistas, mas sim dos religiosos. Uma tempestade desabou sobre o cientista, pois sua teoria levava à demolição de algumas construções religiosas sobre a criação do mundo e dos seres que nele vivem, feitas pela Igreja. O pensamento de que as coisas vivas evoluíram por processos naturais era uma séria ameaça à teologia ortodoxa, pois, negava a criação especial da raça humana e colocava a humanidade no mesmo plano dos animais.
Logo se formaram dois partidos – o dos favoráveis e o dos opositores às propostas darwinianas. Grandes defensores foram Charles Lyell, Joseph Hooker e Thomas Henry Huxley, considerados na época respectivamente o melhor geólogo, o melhor botânico e o melhor zoólogo da Inglaterra. A Igreja anglicana se opôs abertamente à teoria da evolução das espécies, contribuindo fortemente para o debate. Os expoentes oficias do catolicismo se mantiveram à margem da discussão, ao menos em linha de princípio, não querendo talvez entrar em uma questão que poderia causar dificuldades como tinha acontecido dois séculos antes com Galileu Galilei.
Fonte: Ig Educa

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