26 de mar. de 2011

Armadilha (canhão) para matar animais

Clique na imagem para ampliar Tamanduá-mirim ou meleta (Tamandua tetradactyla)
29/08/10, 17:02 Armadilha de caça dispara e mata jovem no interior do Piauí São Miguel do Tapuio: Garoto de 15 anos acionou arma após pisar em uma armadilha e morreu. Uma armadilha para matar animais na localidade Pé de Morro acabou matando o adolescente Raimundo Lima Veloso, 15 anos, na manhã de ontem, na zona rural de São Miguel do Tapuio (a km de Teresina). A armadilha, com uma espingarda artesanal, estava armada para pegar caças e teria sido instalada pelo primo de Raimundo, o também adolescente J.B.V. O tiro acertou a virilha de Raimundo que foi socorrido e levado até o hospital da cidade, mas não resistiu. O pai da vítima, Antonio Lima Veloso, prestou queixa na delegacia e disse que a armadilha foi feita pelo sobrinho, que sempre deixa armadilhas prontas para disparar e pegar caças. Fonte: CidadeVerde.com
Sinceramente ainda não consigo entender o que passa pelos neurônios de uma criatura como essa que nem é mais o homo erectus.
"Homo erectus é uma espécie extinta de hominídeo que viveu entre 1,8 milhões de anos e 300 000 anos atrás (Pleistoceno inferior e médio). A divisão de tarefas entre eles era baseada nos talhadores de pedra, os caçadores e as mulheres para tratar das crianças. Eles mediam entre 1,30 e 1,70 m de altura, e seu volume craniano era entre 750 e 1250 cm³, um aumento de cerca de 50% em relação ao seu ancestral Homo habilis. Seus esqueletos fósseis datam de cerca de 1,5 milhão de anos atrás, e foram encontrados principalmente na África.” Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Temos que dar um desconto ao nosso ancestral que realmente dependia da caça para viver. Na atualidade, estamos lutando desesperadamente para preservar os nossos animais, já não dependemos mais de caça para suprir nossas necessidades alimentares.
Clique na imagem para ampliar (Sgt. Carlos Queiroz policial militar ambiental)
No dia 16/03/2011, o Sargento Carlos Queiroz da Polícia Militar Ambiental e comandante do Destacamento Militar Ambiental de Águas Emendadas em ronda de rotina no interior da UC, encontrou um tipo de armadilha (Foto abaixo). Imediatamente o policial foi ao Centro de Informação Ambiental buscar-me (Evando F. Lopes, fotógrafo da ESEC-AE) para irmos ao local e fotografar.
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Quando acionado o canhão, como é chamado aqui, mata em quase 100% das vezes. Seu mecanismo é bem simples: consiste de uma haste de ferro (vergalhão de 5,8mm) soldado em uma base, que acopla uma espécie de porca que recebe um cano onde é colocado o cartucho de calibre 28 (diâmetro interno do cano).
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Esses bandidos colocam os canhões em locais por onde os animais costumam passar ou debaixo de alguma árvore ou coqueiro que produzem frutos. Ao se posicionarem diante da mira, o animal toca na linha que puxa um arame que segura uma chapa de ferro. Essa chapa choca-se contra uma agulha que bate violentamente na espoleta do cartucho, que, por sua vez, provoca fogo que incendeia a pólvora.
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Daí em diante, você pode visualizar mentalmente o que acontece. Tudo isso para matar um pequeno animal que, na maioria das vezes, não chega a dar 5 quilos de carne. O que é pior ainda: se for uma mãe e estiver amamentando, o filhote ou filhotes quase sempre morrem de fome ou vítima de predadores devido à falta da proteção materna. Todos os animais fazem parte da cadeia alimentar, uma vez que aumente as espécies extintas definitivamente, o desequilíbrio nessa cadeia afetará com certeza o ser humano. Podemos citar a insulina (um polipeptídeo de estrutura química plenamente conhecida, e pode ser sintetizada a partir de diversos animais.) que é essencial no controle do diabetes. Para todos nós, servidores que trabalham na Estação Ecológica de Águas Emendadas, ver isso, fotografar e escrever sobre esse assunto aqui nesse blog causa-nos pesar. Entretanto, em uma área de 10.547,23 hectares, vigiar tudo é impossível.
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(Sgt. Carlos Queiroz policial militar ambiental)
Se tivéssemos aqui instaladas câmeras em todos os locais a cada 5 ou 10 metros uma da outra, teríamos que ter algumas centenas de pessoas observando as imagens geradas e outra tantas agindo. O que podemos fazer para conscientizar as pessoas? Falar, alertar as pessoas sobre o problema e até mesmo mostrar a engenhoca! A nossa esperança é que em um futuro próximo a educação ambiental seja amplamente difundida e que esses elementos vejam os animais como eles realmente são: nossos amigos e aliados num planeta onde certamente seremos extintos sem a companhia e ajuda deles.
Clique na imagem para ampliar Mico-Estrela (Callithrix penicillata)
Fotos: Evando F. Lopes

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