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Pesquisadores
descobrem nova espécie de macaco na região do Mato Grosso.
Em
tempos de extinção e desmatamento, tomar conhecimento de notícias que
confirmem a luta da natureza pela sobrevivência é, no mínimo, emocionante.
Por intermédio de uma expedição patrocinada pelo WWF-Brasil (uma organização
de conservação global) em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Mato
Grosso (Sema), pesquisadores descobriram novas espécies de plantas e peixes
na região, bem como um tipo inteiramente novo de zogue-zogue - uma espécie de
macaco - que até então era desconhecida em todo mundo.
O novo
primata foi identificado pelo biólogo Julio Dalponte, na Reserva Extrativista
Guariba-Roosevelt, localizada no Município de Aripuanã, com uma área
aproximada de 57.630h (cinquenta e sete mil seiscentos e trinta hectares). A
Reserva, criada em agosto de 1999, visa assegurar a conservação dos recursos
naturais na região, visto que nas últimas décadas, o noroeste do estado vinha
sendo devastado pela ocorrência de garimpo, extração de madeira, pesca
predatória e abertura de pastagem - mesmo dentro das áreas protegidas.
Zogue-Zogue
Da
ordem dos Primatas, os macacos zogue-zogue são naturais da Floresta Amazônica
e pertencem ao gênero Callicebus. Esses animais se alimentam de folhas e
sementes tenras, frutos, insetos e bambus. Também conhecido como saá, sauá,
uapuçá e arabasu, o zogue-zogue tem um período curto de vida: 13 anos. Ele
pesa entre 700 e 1.200 gramas e movimenta-se utilizando os quatro membros.
Possuem como características físicas três cores distintas: acinzentada,
amarela e marrom aguti, todas localizadas nas partes superiores e laterais da
cabeça, além de tronco e membros.
De
acordo com o Júlio Dalponte, o macaco apresenta características diferentes
das outras espécies de zogue-zogue já encontradas na região, como o tom de
sua coloração, por exemplo. "Este primata tem detalhes na cauda e na
cabeça que não foram vistos até agora em outros zogue-zogues originários
desta área", disse ele.
Biodiversidade
Vale
ressaltar que a biodiversidade é caracterizada pela riqueza e variedade no
mundo natural, ou seja, a abundância de espécies diferentes, sejam elas
animais ou vegetais. Por isso, a preservação do meio ambiente se faz
necessária.
Ao
destruir um ecossistema poderemos extinguir seres que ainda nem foram
descobertos. É impossível delimitar a quantidade de espécies animais e
vegetais que há no mundo. Atualmente, temos em torno de 1,5 milhão
identificadas e classificadas, mas este número pode chegar a 10 milhões.
Tombado
pelo Museu
O mais
novo primata da Amazônia foi tombado pelo Museu Goeldi para ser estudado e
classificado seguindo as normas internacionais de taxonomia. Todos os dados
do animal, como o seu peso, cor do pelo, comprimento da cauda e habitat foram
registrados. As informações serão informatizadas e ficarão disponíveis para
outros pesquisadores no futuro. O objetivo do Goeldi é conhecer a fauna
do noroeste do Mato Grosso que, segundo estudiosos, ainda configura um enorme
quebra-cabeça.
Segundo
Mauro Armelin, coordenador do Programa Amazônia do WWF-Brasil, essa descoberta
salienta a importância de órgãos que garantam a proteção de espécies da flora
e fauna. "O Brasil é um país megadiverso e é fundamental a conservação
dos ecossistemas e das espécies”. afirmou ele.
Fonte: Ig Educa
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3 de set. de 2011
Identificada nova espécie de primata em Mato Grosso
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