O aquecimento global tem sido tema constante no noticiário, em programas de TV, debates e documentários. E sempre fica evidente a preocupação de todos com as consequências do aquecimento para o meio ambiente e para a humanidade.
Resumidamente, Aquecimento Global é o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra, que ocorre desde meados do século XX e que deverá continuar no século XXI. Ou seja, ao longo do tempo, a Terra está ficando mais quente!
Veja nas tabelas abaixo um breve resumoA principal causa do aquecimento global é o efeito estufa. Mas é bom saber que o efeito estufa é um fenômeno natural, que permite que o calor emitido pelo sol não se perca no espaço e fique concentrado próximo ao solo, auxiliando na manutenção da vida na Terra.
Como isso ocorre?
O sol emite raios solares, que atravessam a atmosfera e incidem na superfície terrestre. A superfície da Terra, por sua vez, absorve parte dessa radiação, mas também a transmite novamente para a atmosfera, aquecendo-a.
Mas, para que esse calor permaneça na atmosfera terrestre, é importante que se tenha uma camada de proteção, tal como você vê na figura.
O sol emite raios solares, que atravessam a atmosfera e incidem na superfície terrestre. A superfície da Terra, por sua vez, absorve parte dessa radiação, mas também a transmite novamente para a atmosfera, aquecendo-a.
Mas, para que esse calor permaneça na atmosfera terrestre, é importante que se tenha uma camada de proteção, tal como você vê na figura.
Quais as causas do aquecimento global?Essa camada de proteção é constituída de gases como dióxido de carbono (CO2), vapor d'água (H2O), gás metano (CH4), óxido nitroso, CFCs e HFCs.
O grande problema é que tem aumentado a concentração, na atmosfera, de alguns desses gases, como é o caso do dióxido de carbono, intensificando o efeito estufa. Assim, a camada mais espessa de gases impede que boa parte do calor seja dissipada para o espaço, aumentando o nível de radiação nas camadas mais baixas da atmosfera. O resultado é o aumento da temperatura da Terra.
Veja o gráfico de aumento do CO2, desde a Revolução Industrial.
Mas, como ocorreu esse aumento gradual de dióxido de carbono na atmosfera?
Aproximadamente 3/4 das emissões antropogênicas de CO2 para a atmosfera durante os últimos 20 anos devem-se à queima combustíveis fósseis. O resto das emissões é resultante predominantemente das mudanças no uso do ambiente, especialmente o desmatamento e as queimadas.
A Revolução Industrial, iniciada na Europa no século XVIII, provocou o uso crescente do carvão mineral, enterrado há milhões de anos, em proporções gigantescas, com o objetivo de girar as máquinas a vapor recém-inventadas. Posteriormente, foi a vez do petróleo entrar em pauta, alimentando as indústrias e os veículos automotores.
lj7p28TszCo/UD64Xyavk7I/AAAAAAAAF7I/zXSmtJ96oJM/s320/Tabela+aquecimento+global+(12).jpg" title="Clique para ampliar" width="320" />
E quais as consequências do aquecimento global?
De acordo com o Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU que trata dessa questão, a temperatura na superfície terrestre aumentou quase 1°C durante o século XX. E a tendência é que o fenômeno se intensifique cada vez mais nos próximos anos.
Esse relatório, elaborado por 2.500 cientistas de 130 países, divulgado em fevereiro de 2007 não deixou dúvidas sobre a realidade climática mundial e advertiu para as consequências, deixando um grave alerta para a humanidade.
Mas, o que pode acontecer se a temperatura da Terra continuar aumentando?
Na verdade, já está acontecendo...
1 -
Com o aquecimento da atmosfera e do mar, há o derretimento de geleiras tanto nos pólos, como nos topos das grandes cordilheiras. Os animais e vegetais que dependem de baixas temperaturas ou de grande quantidade de gelo para a sua sobrevivência, poderão sofrer a extinção, como é o caso dos ursos polares.
2 -
Consequência direta do derretimento das geleiras, o nível do mar aumentou em uma taxa média de 1.8 mm por ano de 1961-2003, ou seja, aumentou quase 8 cm, em um período de apenas 42 anos. Acompanhe o vídeo da submersão do arquipélago das Sundarban, causando os emigrantes ambientais.
3 -
Com o derretimento das chamadas "neves eternas" das grandes cordilheiras, como acontecem nos Andes e no Himalaia, os rios ficarão mais cheios de água, causando enchentes em suas margens e prejudicando as populações ribeirinhas.
Em 2010, grandes inundações no rio Indu causaram prejuízos na ordem de bilhões de dólares, muitos mortos e mais de 4 milhões de desabrigados. Veja o vídeo.
4 -
Observações feitas desde 1961 têm mostrado que a temperatura dos oceanos tem aumentado até mesmo a profundidades de 3.000m e que os oceanos têm absorvido mais que 80% do calor acrescido ao sistema climático.
Com as temperaturas mais elevadas nos oceanos, há maior evaporação do espelho água, gerando nuvens carregadas que se dirigem ao continente e causam tempestades muito intensas.
Em 2004, foi registrado pela primeira vez, um ciclone no litoral brasileiro, em Santa Catarina. Acompanhe o vídeo.
5 -
Com a variação da temperatura, muitos vegetais não resistirão, aumentando a área de desertos e regiões semi-áridas e provocando possivelmente decréscimo na produção agrícola, sobretudo nas faixas tropicais e subtropicais.
Não se esqueça de que a maior parte da população mais desassistida está localizada nessa zona térmica, como acontece na África, Ásia e América Latina, isso pode amplificar ainda mais a presente fome dessas lugares!
Cenas como as observadas no vídeo abaixo serão mais comuns ainda.
8 -
Mudanças no regime de chuvas, redução de temperatura do dia para noite, com noites mais quentes levam ao desequilíbrio nos ecossistemas, com perdas para agricultura e maior possibilidade de fome em países mais pobres.
Os cientistas concordam que a solução para o aquecimento global passa por atitudes mais conscientes da sociedade.
Por que usar o carro para ir à farmácia ou à padaria, se é possível ir a pé e queimar menos combustível fóssil?
Essa é apenas uma atitude dentre as inúmeras possíveis.
Também é fundamental que governos, empresários e sociedade unam esforços no sentido de desenvolver tecnologias energéticas que emitam menos dióxido de carbono.
Exemplo interessante é a geração de energia através de combustíveis renováveis, como o sol, o vento e a água. Além disso, no Brasil, ganha destaque o desenvolvimento de matrizes energéticas de origens vegetais, como o etanol e biodiesel.
Com a variação da temperatura, muitos vegetais não resistirão, aumentando a área de desertos e regiões semi-áridas e provocando possivelmente decréscimo na produção agrícola, sobretudo nas faixas tropicais e subtropicais.
Não se esqueça de que a maior parte da população mais desassistida está localizada nessa zona térmica, como acontece na África, Ásia e América Latina, isso pode amplificar ainda mais a presente fome dessas lugares!
Cenas como as observadas no vídeo abaixo serão mais comuns ainda.
6 -
A população de insetos deve aumentar, à medida que as latitudes ao norte se tornam mais quentes e úmidas. Doenças como malária e dengue podem aparecer em países temperados. Casos de diarréia, dengue, malária e infecção alimentar também devem aumentar drasticamente.
7 -
Desastres naturais provocam êxodo de populações, criando os chamados migrantes ambientais, com risco de conflitos, principalmente na África e parte da Ásia.
Desastres naturais provocam êxodo de populações, criando os chamados migrantes ambientais, com risco de conflitos, principalmente na África e parte da Ásia.
8 -
Mudanças no regime de chuvas, redução de temperatura do dia para noite, com noites mais quentes levam ao desequilíbrio nos ecossistemas, com perdas para agricultura e maior possibilidade de fome em países mais pobres.
SoluçõesA grande pergunta é: Pode-se reduzir os índices de aquecimento global?
Os cientistas concordam que a solução para o aquecimento global passa por atitudes mais conscientes da sociedade.
Por que usar o carro para ir à farmácia ou à padaria, se é possível ir a pé e queimar menos combustível fóssil?
Essa é apenas uma atitude dentre as inúmeras possíveis.
Também é fundamental que governos, empresários e sociedade unam esforços no sentido de desenvolver tecnologias energéticas que emitam menos dióxido de carbono.
Exemplo interessante é a geração de energia através de combustíveis renováveis, como o sol, o vento e a água. Além disso, no Brasil, ganha destaque o desenvolvimento de matrizes energéticas de origens vegetais, como o etanol e biodiesel.
Desde a década de 70, no século XX, estudos do Departamento de Energia dos Estados Unidos revelaram preocupação com o aquecimento global. A partir daí houve maior conscientização dos diferentes povos sobre a necessidade de se estudar o problema e encontrar alternativas para reduzir o impacto.
Acompanhe a cronologia abaixo:
1979- 1ª Conferência Mundial sobre Clima pede que países
previnam problemas causados pelo homem.
1985- 1ª Conferência Internacional sobre Efeito Estufa alerta que os gases irão provocar, na primeira metade do século XXI um aumento de temperatura maior do que qualquer ouro e que o nível dos oceanos subiria em 1 metro.
1988- ONU (Organização das Nações Unidas) lança o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.
1990- Primeiro relatório do IPCC aponta aumento de meio grau na temperatura global no século XX e cientistas pressionam para organização de uma convenção do clima.
1992- A Conferência Rio-92 reúne mais de 150 países que concordam em investir em políticas contra efeito estufa. Países desenvolvidos são instados a conter as emissões de gases.
1996- Na 2ª Conferência de Mudanças Climáticas participantes concordam em estabelecer metas obrigatórias para controle do aquecimento global.
1997- Protocolo de Kyoto determina corte nas emissões de gases pelos países desenvolvidos, com alternativas de medidas compensatórias como plantação de florestas, mas Estados Unidos, um dos países que mais emitem gases, ameaçam não ratificar o protocolo se países em desenvolvimento, como a China, não apresentarem metas.
2001- George Bush, então presidente dos Estados Unidos, renuncia às metas do protocolo de Kyoto, alegando que prejudicarão a economia do país.
2002- União Europeia e Japão ratificam o Protocolo de Kyoto, mas Austrália nega o acordo.
2003- Europa vive o inverno mais quente dos últimos 500 anos, com mortes.
2004- Rússia ratifica o Protocolo.
2004- Protocolo de Kyoto entra em vigor. Há uma temporada recorde de furacões e derretimento acelerado de gelo do Ártico.
2007- O Prêmio Nobel da Paz é concedido a Al Gore e ao IPCC por seu trabalho contra o aquecimento global.
2009- Fracassa a 15ª Conferência das Partes, realizada pela ONU, em Copenhague, na Dinamarca, na qual se buscava uma fórmula de redução de dióxido de carbono, com Estados Unidos e China se recusando a assinar qualquer acordo concreto.
E o Brasil?
Durante muito tempo, o governo brasileiro acreditava que, como era um país em desenvolvimento, não tinha muitas responsabilidades com relação à emissão de poluentes para a atmosfera. Eram os países desenvolvidos, como Estados Unidos, Alemanha, Japão e França, os grandes culpados e, portanto, os responsáveis pela redução da poluição do planeta. O Brasil só tinha que esperar eles fazerem isso.
E tem mais... ao longo do tempo, o Brasil foi ampliando a sua participação da emissão de CO2 para a atmosfera, sobretudo por causa das queimadas, realizadas nos biomas do cerrado e da amazônia. Veja um vídeo da equipe do Greenpeace na BR-163, próximo a Castelo dos Sonhos (PA).
Não adiantou, e a poluição só tem aumentado!
Nos preparativos do governo brasileiro para a participação da COP15, o então presidente Lula sugeriu que o país faria um esforço voluntário de redução de emissão de gases poluentes de 38% a 42%. É só lembrar-se de que muitos países não queriam reduzir nada e outros estavam discutindo uma diminuição de 10 a 15%, apenas.
Mas, como fazer isso?
Desse total de redução, 20% deverão resultar da queda do desmatamento na Amazônia, e o restante será conquistado a partir de ações para preservar o Cerrado e de iniciativas que promovam a eficiência energética e o uso do chamado aço verde (produzido a partir de carvão vegetal do reflorestamento) e de biocombustíveis.
Veja um vídeo interessante sobre a questão da redução de dióxido de carbono no Brasil.
E então? Agora você já sabe o que é o aquecimento global, suas causas e consequências. Mas, lembre-se de que a solução para esse fenômeno depende de todos nós. Os governos e empresários não podem ficar sós, é preciso da contribuição de todos, nessa empreitada!
Neste vídeo um resumo de tudo que vimos:
Fonte: IG Educa
Nenhum comentário:
Postar um comentário