Foto: Evando F. Lopes
De acordo com notícia veiculada no jornal Correio Braziliense de 21/07/2010 (ver matéria original; clique aqui), o barbatimão (Stryphnodendron barbatiman Mart.) árvore bastante comum no cerrado da Estação Ecológica de Águas Emendadas – ESECAE o extrato obtido da espécie da planta atuou como um potente inibidor do veneno letal expelido pela serpente surucucu.
A surucucu (Lachesis muta) é uma das maiores cobras peçonhentas da América do Sul. No Brasil é também conhecida como surucucu pico-de-jaca que vive em florestas densas principalmente na Amazônia, mas conhecem-se registros na literatura da presença desse animal até em áreas isoladas de resquícios de Mata Atlântica. Segundo os pesquisadores Rafael Cisne e André Fuly que estão à frente da pesquisa acidentes com serpentes são hoje combatidos com o auxílio do soro antiofídico. Porém a possível ocorrência de efeitos colaterais em decorrência do uso do medicamento, a exemplo de reações alérgicas sérias, além de custos altos e dificuldades na distribuição pelo país, devido à exigência de conservação em baixas temperaturas, precisa ser levada em consideração. A descoberta de propriedades inibidoras do veneno da surucucu no barbatimão é o primeiro passo para a produção de um soro específico, no futuro. Está aí configurado um motivo pelo qual devemos cuidar da natureza e não só do Barbatimão, mas, de todas as espécies do cerrado, pois sabemos que inúmeras curas poderão vir dessas plantas que o agronegócio em sua ignorância quer desmatar para dar lugar as plantações de grãos que as nações ricas compram.
"Não admira que os néscios se julguem muito sabedores, eles que têm a vantagem de desconhecer que ignoram".
(Marques de Maricá)
Um comentário:
Só de olhar assim, já dá um arrepio no corpo todo... Não quero nunca ter que vêr uma dessas cobras na minha frente... Deus me livre...rsrs.
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