12 de jul. de 2013

A ação do fogo no cerrado

Foto: Evando F. Lopes
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O Brasil Central apresenta duas estações climáticas bem definidas: chuva por um período de mais ou menos seis meses (de outubro a março) e seca nos outros seis. 
"As plantas do Cerrado têm ciclo permanente de dormência (fim de março) que coincide com o fim das chuvas. Mesmo que continue chovendo começam a desprender suas folhas. Mesmo que a planta continue sendo irrigada, suas folhas caem. Quando chega maio, sem folhas, dá-se a florada (maior florada do Cerrado acontece nos meses de maio, junho e julho). Os frutos ou vagens das floradas de maio amadurecem em agosto. Se a chuva chega em outubro, muito bem. Se não chega, como é tempo de brotar, o Cerrado brota, cobre-se de folhas novas como se estivesse chovendo normalmente”. (Trecho extraído do livro Memorial das Idades do Brasil, Bertran, Paulo e Fleury, Graça p. 15/16)
As árvores do cerrado desenvolveram durante milhões e milhões de anos de existência um sofisticado sistema radicular. Estudiosos afirmam que o cerrado é uma floresta invertida; o que podemos ver acima do solo é aproximadamente um terço da biomassa que está no subsolo. Nas formações savânicas e campestres, as árvores apresentam uma enorme variedade de cascas espessas que as protegem da baixa umidade e do fogo. 
Foto: Evando F. Lopes
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Essa vegetação de aproximadamente 35 milhões de anos passou por inúmeras adaptações e apresenta uma fragilidade muito grande frente aos incêndios que ocorrem anualmente aqui na capital da república.
Por isso, todos nós, habitantes dessa região, temos o dever de cuidar para não provocar incêndios e sempre que avistarmos focos de incêndios na vegetação, é mister ligar imediatamente para o telefone 193 do Corpo de Bombeiros.
Foto: Evando F. Lopes
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4 comentários:

Sorriso Luiz Gatto disse...

Uau!!! que foto incrível essa da palmeira queimando, Evando. É recente?

Anônimo disse...

Esta foto foi tirada num incêndio ocorrido na ESEC-AE no período seco do ano de 2007. Eu percebi o que iria acontecer com palmeira Macaúba (Acrocomia aculeata)e fiz uma sequência de fotos. Agradeço pelo elogio!

saulo pescador disse...


realmente incrível ew da foto acima pela casca da árvore arrisco que seria uma cagaiteira

Evando F. Lopes disse...

Oi Saulo! Os gomos da casca da cagaiteira são maiores e a espécie Eugenia dysenterica, não hospeda tantos líquens como podemos ver nesta macro da casca da laranjinha-do-cerrado (Styrax ferrugineus). Valeu amigo!