19 de nov. de 2011

Brasília de Saudades

Clique na imagem para ampliar (Desenho de Romulo Andrade - 1985)
  Brasília de Saudades  
Vendo a saudade assim, de longe
De cima pra baixo, de um outro ponto de vista.
Do chão o céu, do céu a imensidão.
Por favor alguém explica,
essa Brasília que me aperta o coração.

A beleza rara e complexa da cidade                                                                                                                  que tenta imitar os traços do arquiteto,
o pedaço de terra mais antigo, entranha o passado
e prenuncia um futuro grandioso,
estranho, misterioso, distante, presente.

Faz do teu céu um pedaço do próprio mistério
a exibição do próprio encanto, as cores do vento
que sopra calmo, longe das brisas do mar.
Presa a terra, chama pràmar,
seca a boca, jorra a fonte, no chão
ali as águas não estão no ar,
brinca com o tempo, tem ponte de coração.

Essa cidade que é mais que capital
leva a caminho de ser inteiro, pleno.
Por favor alguém dedica
uma poesia a ela,
que carrega o nome inteiro da nação.

De um plano alto, central, no Brasil
eu vi um mato cerrado, torto, seco, singelo.
Por incrível que pareça, ela, das flores, a mais bonita.

Vem, daqui fica fácil entender
porque se diz 'deitado eternamente em berço esplêndido',
e o céu da pátria nesse instante. 
Brasília simplesmente. Alguém entende?
(Mateus Graça)
pé em Natal, cabeça no mundo, coração em Brasília.
Enviado por: Romulo Andrade, amigo de Águas Emendadas, desde vidas passadas!

Um comentário:

romulo disse...

Ficou jóia, legal mostrar esse desenho - já bastante conhecido num contexto como o desse maravilhoso e educativo sítio. Vida longa aos poetas cerratenses e muito carinho para com os parques e unidades de conservação do bioma mais antigo do planeta.