1 de set. de 2010

Um Grande Mosaico de Vidas

As áreas protegidas ajudam, particularmente, a conservar a biodiversidade. Mas, o que será que acontece com as plantas e animais que não têm a sorte de viver numa área protegida, ou aqueles que precisam transitar para outras áreas, afim de encontrar alimento e parceiros?
Como conseqüência do desenvolvimento, entre os espaços naturais ainda preservados, os rios e as florestas, existem locais com os mais variados usos da terra como pastagens, áreas de cultivo, centros urbanos e atividades industriais. Esse cenário é como um grande quebra-cabeça, no qual cada peça interfere e se relaciona com a outra. Nesse sistema é preciso circular energia, alimento, material genético, entre outros fatores que garantam a sobrevivência das espécies, incluindo a humana.
Como estratégia para diminuir esses efeitos, o governo brasileiro, por meio do Ministério do Meio Ambiente e algumas ongs conservacionistas vêm promovendo a conservação de grandes corredores de biodiversidade e corredores ecológicos, para interligar áreas protegidas espalhadas pelo território, com outros fragmentos florestais. A intenção é assegurar a efetiva proteção da biodiversidade, num longo espaço, conjuntamente ao equilíbrio ambiental, sócio e econômico.
Quando passamos a ocupar algumas parte desse mosaico sem planejamento, ou seja, até mesmo retirando ou esgotando quase todos os elementos naturais de determinadas peças, provocamos o isolamento ou a fragmentação da vegetação natural. As trocas não acontecem ou são prejudicadas, com especial declínio da fauna e, por consequência, a alteração dos processos ecológicos como, por exemplo a polinização.
O corredor de biodiversidade é um território em que existe uma grande diversidade biológica. Os conservacionistas planejam e trabalham com proprietários de terras para que eles protejam áreas estratégicas que ficam entre as áreas protegidas, compatibilizando o desenvolvimento com a conservação. Num corredor, todos participam conectando os ambientes, por meio da paisagem, de forma sustentável.
Vamos acompanhar o raciocínio: não existe chuva sem vegetação, nem floresta sem água. Oxigênio sem fotossíntese, nem mar sem terras. Libélulas sem girinos, nem sapos sem insetos, ou vice-versa. Não pode existir alimento sem solo, nem solo sem água da chuva. Não existem pessoas sem nada disso, assim como não há equilíbrio da natureza sem uma visão sistêmica, onde cada componente deve estar interligado, formando uma unidade.
O corredor de biodiversidade traz essa mudança de olhar na conservação da biodiversidade, na qual a gestão de unidades de conservação de forma isolada passa para a visão da gestão de cenários inteiros. Pesquise mais sobre os corredores de biodiversidade do Brasil acessando nos sites: http://www.conservation.org.br/ http://www.corredores.org.br/ e http://www.wwf.org.br/
Fonte: Investigando a Biodiversidade Guia de Apoio aos Educadores do Brasil, Pags: 92 e 93.
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