4 de set. de 2010

Mobilização, Cidadania e Educação Ambiental

União + Mobilização = Natureza preservada!
Assim como a escola, uma grande aglutinadora de pessoas, ideais e ações, cada indivíduo ou instituição, pode tornar-se um potencial canal de mobilização. O que a biodiversidade precisa com urgência é de uma diversidade de pessoas como educadores, alunos, pais e familiares, membros da comunidade, proprietários de terras, eleitores, empregados, empregadores, políticos, lideres comunitários, entre tantas representações, mudando a maneira de representar e agir, levando outros cidadãos a fazerem o mesmo, um exercício e cidadania.
À vários exemplos de como isto faz a diferença para a conservação, pessoas experimentando novas técnicas agrícolas que conservam a biodiversidade, formando grupo de cidadãos para recuperar ambientes degradados, escrevendo cartas para políticos, denunciando crimes ambientais, educando sua comunidade, formando comitês (como os das bacias hidrográficas), participando de conselhos gestores, entre outras iniciativas. O primeiro passo é identificar os conflitos ambientais e sociais de sua comunidade e região, organizando o trabalho junto com outros parceiros ou pessoas interessadas a começar a fazer mais pelo seu pedaço.
Vamos conhecer alguns resultados concretos de mobilização:
  • Graças à intensa mobilização envolvendo mais de 40 entidades ambientalistas e cerca de 5.000 pessoas simpatizantes à causa ambiental e ao ecoturismo, foi barrado o processo para reduzir 14% da área da unidade de conservação Parque Estadual do Cristalino, em Mato Grosso. Assim, o parque manteve protegido seus limites originais, garantindo a preservação de recursos naturais importantes para a Amazônia. A campanha SOS Cristalino não para por aí, pois o caminho para sua proteção ainda precisa de muitos esforços, especialmente diante das constantes tentativas de redução de sua área.
Participe e saiba mais acessando: www.soscristalino.org.br
  • Exemplo histórico de mobilização popular pela causa ambiental, a campanha do rio Tietê, começou com as ondas da rádio Eldorado FM, e obteve uma enxurrada de reações e manifestações de apoio para ressuscitar um rio declarado quase morto. O entusiasmo foi tão intenso que a fundação SOS Mata Atlântica criou o Núcleo União Pró-Tietê, com o patrocínio do Unibanco Ecologia, para concretizar a coleta de um milhão de assinaturas, considerado o maior abaixo assinado já realizado no país. A meta foi superada em duzentos mil assinaturas e a história do tietê começou a mudar. Muita coisa aconteceu desde a época, como obras de recuperação e despoluição, novos recursos e investimentos, com destaque especial para um programa de educação ambiental: Observando o tietê, o qual tem por objetivo promover nas pessoas, um novo olhar sobre o rio, resgatando parte da nossa cultura, esvaecida com a poluição. Esta é uma pequena parte da história de milhares de gotas unidas que jamais podem se separar.
Saiba mais consultando: www.rededasaguas.org.br
  • Falando de milhares de gotas, não podemos esquecer que somos milhares de brasileiros morando num mesmo lugar. Se cada um de nós conseguirmos mobilizar mais um, formaremos um time muito especial. Sobre tudo num país jovem, com boa parte da população ainda juvenil. Tal iniciativa já está sendo completada pela Conferencia Nacional Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente, realizada pelo Órgão Gestor da Política Nacional da Educação Ambiental, por meio dos Ministério da Educação e do Meio Ambiente. Em 2003, foram reunidos cinco milhões de brasileiros em torno da idéia: "Vamos cuidar do Brasil". A finalidade de todo o processo da conferência é mobilizar as pessoas para a formação de comunidades sustentáveis. Cada escola e comunidade elaboram uma responsabilidade com base nos acordos internacionais, passando numa ação a ser realizada após o evento, indicando um delegado ou delegada com suplente e criando um cartaz que traduza o resultado do trabalho coletivo. A conferência é um momento muito rico para toda a comunidade escolar, pois permite debater e discutir as ações necessárias para mudanças sustentáveis, equitativas e justas, em nosso pedaço, nosso país e nosso Planeta.

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